13.07.1991. Nesta data, começava a I Edição do Festival de Inverno de Garanhuns.
Ainda hoje, um e outro, novinhos, em folha. Porque sempre reinventados. Reinvestidos. Assim, portanto, reoxigenados, revigorados... E, a cada ano, com uma surpresa a mais. Inovando. Daí, sempre modernos, contemporâneos. Feitos para atender às exigências dos que a eles aportam.
Na I Edição do Festival de Inverno, o seu palco, instalado ao lado do nosso Centro Cultural, dispunha de modesta estrutura, pequena, diminuta... se formos comparar com a estrutura dos palcos de que dispomos hoje. Mas, nem por isso, deixou de ser grande, como que a sugerir e apontar à marca de suas próximas Edições.

Estive presente àquele I Festival de Inverno. Na minha memória, a presença de Nelson Mota, que estava ali como curador. Ele, que é grande jornalista, compositor, roteirista, produtor, escritor e letrista. Ele não sabia que estaria assistindo ao nascimento daquele que seria “O Maior Festival Multicultural da América Latina”.

Anos seguintes, já se falava em no título ‘Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil’. Pensava-se em atrair mais turistas, a fim de conhecerem a nossa gente. Sentirem o nosso clima. Divulgarem a nossa cidade. E, com o Festival, contemplarem o nosso inverno. Visionários? Não! Exagerados? Também, não! Quem sabe? Talvez apaixonados. Se quiserem, que o digam. Mas ai do mundo não fossem os visionários. Os exagerados. Os apaixonados... É que pensávamos na nossa Economia. É que focávamos na geração de emprego e renda à nossa população.
A esse respeito sempre indagávamos: “Por que Caruaru e Campina Grande fazem as suas festas de São João em 30 dias e nós não podemos fazer o nosso Festival de Inverno em 30 dias? Se, aqui, temos muito mais apelo que eles, lá? Por conta de nosso clima, de nossas belezas naturais. Enfim, de tantos e tantos mais, que nos sentíamos acanhados em nomear para não nos parecer arrogantes, enquanto defendemos nossa cidade.”
Gramado e Campos do Jordão, por outro lado, fazem os seus Festivais de Inverno em períodos muito mais longos do que os nossos. Posto que tenhamos começado com 16 dias, como referido, hoje são realizados com apenas 10, para prejuízo e tristeza da cidade. E mais: naquelas cidades se define toda uma programação do que vai ocorrer no ano seguinte, ainda no curso do ano anterior. Programação de todo o ano seguinte, de janeiro a dezembro, que culmina com o já tradicional Natal Luz, que já tem o seu início em novembro.
O Festival que advogamos para Garanhuns teria um formato diferente, decerto. Os nomes nacionais que, atualmente, são espremidos em 10 dias, seriam distribuídos em 04 finais de semana e, durante a semana, ou seja, de domingo à quinta, em seu palco principal, trabalharíamos com nomes locais e regionais. Não haveria quaisquer outras despesas a mais, com a contratação de artistas famosos para aqueles dias.
Por outro lado, a estrutura de camarotes tem que ser revista. Impensável que os turistas que vêm à nossa cidade continuem assistindo aos espetáculos de seu palco principal sem um ambiente confortável e mais seguro para eles. E isso tem sido a grande queixa dos que vêm à nossa cidade nessa época do Festival.
A proposta que temos é no sentido de que seja instalado um grande camarote para turistas que, claro, pagariam ingressos para lá ficarem.
De mais a mais, seria de se contatar empresas estatais como a CAIXA, o BNDES, o BNB, o BB... E empresas privadas como o SANTANDER, o BRADESCO, o HSBC..., a fim de não se deixar toda ou quase toda despesa do Festival de Inverno de Garanhuns a cargo do Governo do Estado.