segunda-feira, 6 de julho de 2015

PALACE - 25 ANOS (VOLUME I)



Empreender é empresa difícil. Muito difícil! Há quem diga, até, que em um país como o nosso, empreender é um suicídio. No mínimo, um devaneio, um delírio... Porque inacessíveis os incentivos que dizem existir. Porque impossível satisfazer a ganância tributária do Estado. E, por cima, ainda, o tempo que se perde com os atores de gestos, olhares e práticas avarentas e traiçoeiras daqueles que só pensam no ganhar fácil. Sem esforço... Em desprezo ao trabalho decente, honesto sério... E ao poder da imaginação criadora. Daqueles que bancam iniciativas que geram emprego e renda para dezenas. Centenas. Milhares... De homens e de mulheres que se dispõem a produzir. A construir um futuro melhor para todos.


Lá atrás, quis dar um presente à minha cidade. Sim, presente, através da construção e operação de uma Unidade Hoteleira. Pensava, como ainda hoje penso, e cuido que vou continuar pensando: A1 - que a cidade tinha tudo para retomar o seu destino turístico, existente nas décadas de 1960 e 1970, até metade da década de 1980; A2 - que a cidade tinha tudo para alavancar sua vocação turística. Esta, tábua, ou mais uma delas, sendo ela, a mais forte, para sua alavancagem econômica; A3 - que a cidade tinha tudo, em paralelo, que melhorar e ampliar seus atrativos turísticos; A4 - que a cidade tinha tudo que ampliar e reciclar seus receptivos; A5 - que a cidade haveria de conceber festivais e diversões como meio de conquistar e reconquistar aqueles que a ela possam aportar como aportavam no passado; A6 - Que, portanto, diante da cristalização dessas ações, a cidade deveria partir à defesa do resgate e inclusão de seu nome no cenário dos grandes destinos, pelo menos, dentro do Norte e Nordeste brasileiros.


Teria eu feito pesquisas e análises econômico-financeiras para decidir pela empresa? Mas claro que sim! E, ademais, tudo ou quase tudo que deveria fazer. E digo: hoje, passados 25 anos, posto que aquelas pesquisas e análises não tivessem sido favoráveis à iniciativa, decidi, no que pese, pela execução do projeto, penso que no sonho do avanço da cidade ao encontro de sua vocação. 


Teimei! Decidi investir. E parti, com todo vigor, à empresa.

Confesso que foi duro. Muito duro! Como fora para tantos daqui e algures. Naquela época. Anterior a ela e a ela posterior. Mas, hoje, confesso: não me doíam tanto aqueles empecilhos que se renovavam e se robusteciam nos dias a dia da minha caminhada. Não me doía a ausência do governo. Que, se não ajudava, poderia, ao menos, incentivar. Pelo menos, saudar a chegada de uma iniciativa privada na cidade. Iniciativa essa de que Garanhuns estava a sonhar. E que viria para enriquecê-la melhor. Enfim, aplaudindo-a. Saudando-a... Posto que sem citar seus atores. Para que, afinal? O que me doía mesmo era a presença de opiniões não solicitadas... Sim! Não solicitadas! Imbuídas de olhares e de práticas de avareza... De pessoas pequenas e mesquinhas, incapazes de um gesto sequer de decência e de defesa de sua cidade e da sua gente. Esses, sim, doíam-me porque partiam com a intenção... De me arrefecer. De me sufocar. De me destruir... Anulando meu entusiasmo e disposição à luta. Luta que sempre esteve comigo desde minha pré-adolescência e adolescência. Adensada pelo tempo pelas graças de Deus. Enfim, meu sonho de querer enxergar, amanhã, a minha cidade maior e mais completa. Porque mais moderna. Porque mais contemporânea.



No que pese tudo isso, fui em frente. E, hoje, posso dizer que o Palace está pronto. Ou como sempre me diz uma grande amiga que comigo divide meu entusiasmo por Garanhuns: “prontinho” para receber bem e melhor (como se impõe. E deve!) àqueles e àquelas que aportam em nossa cidade.

O Garanhuns Palace Hotel está pronto e premiado. Pronto em sua estrutura.  Premiado por seu cuidado. Por seu esmero... Para com aqueles e aquelas que apreciam hospitalidade. E, esta, trabalhada com excelência. 

Bodas vieram nessa caminhada... Muitas!

Bodas. Bodas. E Bodas... Era a palavra que mais ouvia da minha equipe quando da concepção, formatação e nascimento do Palace. Palavra até hoje ouvida e celebrada. Parecendo dizer que a empresa teria e terá vida longa.  Para o bem da cidade. Alegria de seus investidores. E, quem sabe, sobretudo, em resposta àquelas opiniões não solicitadas. Portanto, indesejadas.  
 
E caminhamos pelo tempo, passando por elas. Bodas de Madeira, aos 05 anos; Bodas de Estanho, aos 10 anos; Bodas de Cristal, aos 15 anos; Bodas de Porcelana, aos 20 anos. E, naqueles 20 anos, eu dizia, deixando gravado em seu piso Quilombo (cada piso e cada ambiente do Palace saúda Garanhuns). E Quilombo é uma das Sete Colinas de Garanhuns:

“É com essa alegria que o Palace se prepara para atingir sua maioridade, ou seja: seus 21 anos no próximo ano - seis de julho de 2011. Mas com o mesmo entusiasmo do seu primeiro aninho.”

O Palace faz, hoje, 25 anos - Bodas de Prata. Não há quem diga! Também, novo. Novíssimo! Porque cuidado. Porque acariciado. Porque repaginado. Porque...

É com muita alegria que todos nós do Palace comemoramos essa data que marcou a nossa cidade - 06 de julho de 1990. Data que distendeu o nosso prazer em receber bem e melhor àqueles que acorrem a “Cidade de Simôa”.



Mas o fazemos, pensando em outras Bodas que hão de vir. Bodas de Pérola, aos 30 anos; Bodas de Esmeralda, aos 40 anos; Bodas de Ouro, aos 50 anos; Bodas de Diamante, aos 60 anos. Bodas. Bodas. E Bodas... Através de gerações. E, tomara que como no seu primeiro aninho. 



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