Acabo de receber dois vídeos de meu netinho Lucas, que mora com os pais, em São Francisco. O primeiro, enviado pelo meu genro, Justin. E o outro, por minha filha, Germana. Justin me encaminha de São Francisco. Germana, de São Paulo, cidade em que se encontra, a serviço da empresa em que trabalha.
Vejo e revejo repetidamente esses vídeos. Coisa de avô saudoso, que procura matar um pouco a saudade dos seus netinhos distantes, vendo fotos e vídeos que chegam todos os dias ou quase todos os dias, aqui, na longínqua “Cidade de Simôa”. É a maneira que tenho para acompanhar o crescimento desses nossos descendentes, ausentes que estão por conta do destino a que nos impõe a vida.

Começo a imaginar como era, no passado, a vida dos avós, distantes de seus netinhos. Como eles os acompanhavam em seus dias a dia. Seus crescimentos, desenvolvimento. Devia ser muito sofrida, dura... a vida daqueles avós. Como suportavam a angústia pelas notícias? Mais que notícia: por alguma foto que lhes desse a ideia de como andavam os seus netinhos. Os seus “mais que filhos”. Os seus “filhos ao dobro”.
Hoje, na nossa era digital... Que maravilha! Até em tempo real, temos tudo às mãos. Na hora. Aí o nosso consolo. Aí, sim! A nossa alegria.
Apesar de não tocá-los... Apesar de não abraçá-los... Apesar de não beijá-los... A alegria de estarmos vendo-os, e até falando com eles pelos recursos que as redes sociais nos oferecem é tamanha e incomensurável.
Outro dia, disse a um amigo: “Deveríamos dar um prêmio àquele pessoal do Vale do Silício que inventou as redes sociais. As redes e seus progressos. Seus derivados. Seus avanços. Que não param. E dizia como se o homem já não o houvesse feito. Ora! Ora! Já não houvesse consagrado todos esses gênios desses magníficos e incomensuráveis inventos”.
Netos são presentes que Deus nos confere, renovando presentes de lá de trás: nossos filhos. Netos são como se a gente pudesse avocar a vida a cada instante das nossas vidas. Eles têm um verdadeiro poder restaurador em nossas vidas. Conduzem-nos para bem atrás do que hoje somos. Leva-nos à nossa adolescência. À nossa infância. Mais fortemente até quando não os vemos no cotidiano. Quando não temos uma vida em comum. Todavia, intermitente. Conquanto distantes por desígnios da vida. Essa, a realidade minha e de Emília, longínquos deles.
No que pese, temos em mente o que o poeta dizia: “O menino é o pai do homem”. E cremos deveras nessa acertiva. E, por isso, torcemos por uma boa educação e por uma sadia orientação de nossos netos. Como - pensamos - procuramos dar aos nossos filhos, pais de nossos netos. E por mais que saibamos que isso vem acontecendo, sem exigências e com açúcar, embora de longe, queremos conferir tudo. Absolutamente tudo. Ou quase tudo.
De repente, enquanto alinho essas linhas, Emília, que está no Recife, partiu hoje, cedinho, para matar a saudade de nossos netinhos que vivem por lá, me liga e diz: “Eu, Guilherme e Gabriela jantamos juntos. E Gabi ficou para domir comigo”. Que ciúme!
Fiquei com uma pontinha de ciúme, malgrado os versos de Shakespeare na minha cabeça a dizer: “Meu Senhor, livrai-vos do ciúme!” E por mais que digamos que não o temos, essa é a hora em que nos traímos. E ei-lo em nós.
Vejo e revejo repetidamente esses vídeos. Coisa de avô saudoso, que procura matar um pouco a saudade dos seus netinhos distantes, vendo fotos e vídeos que chegam todos os dias ou quase todos os dias, aqui, na longínqua “Cidade de Simôa”. É a maneira que tenho para acompanhar o crescimento desses nossos descendentes, ausentes que estão por conta do destino a que nos impõe a vida.

Lauro Müller dizia que “Avô é pai sem exigências. E avó, mãe com açúcar”. E tudo pelo apego deles a seus netinhos. Sem exigências. Com açúcar. Apego, sem embargo, evidentemente, do apego que têm, prioritariamente, seus pais, mas, certamente com exigências e com pouco açúcar ou quase nenhum. Mas com muito amor. Igual ou superior ao dos avós.
Começo a imaginar como era, no passado, a vida dos avós, distantes de seus netinhos. Como eles os acompanhavam em seus dias a dia. Seus crescimentos, desenvolvimento. Devia ser muito sofrida, dura... a vida daqueles avós. Como suportavam a angústia pelas notícias? Mais que notícia: por alguma foto que lhes desse a ideia de como andavam os seus netinhos. Os seus “mais que filhos”. Os seus “filhos ao dobro”.
Hoje, na nossa era digital... Que maravilha! Até em tempo real, temos tudo às mãos. Na hora. Aí o nosso consolo. Aí, sim! A nossa alegria.
Apesar de não tocá-los... Apesar de não abraçá-los... Apesar de não beijá-los... A alegria de estarmos vendo-os, e até falando com eles pelos recursos que as redes sociais nos oferecem é tamanha e incomensurável.
Outro dia, disse a um amigo: “Deveríamos dar um prêmio àquele pessoal do Vale do Silício que inventou as redes sociais. As redes e seus progressos. Seus derivados. Seus avanços. Que não param. E dizia como se o homem já não o houvesse feito. Ora! Ora! Já não houvesse consagrado todos esses gênios desses magníficos e incomensuráveis inventos”.
Netos são presentes que Deus nos confere, renovando presentes de lá de trás: nossos filhos. Netos são como se a gente pudesse avocar a vida a cada instante das nossas vidas. Eles têm um verdadeiro poder restaurador em nossas vidas. Conduzem-nos para bem atrás do que hoje somos. Leva-nos à nossa adolescência. À nossa infância. Mais fortemente até quando não os vemos no cotidiano. Quando não temos uma vida em comum. Todavia, intermitente. Conquanto distantes por desígnios da vida. Essa, a realidade minha e de Emília, longínquos deles.
No que pese, temos em mente o que o poeta dizia: “O menino é o pai do homem”. E cremos deveras nessa acertiva. E, por isso, torcemos por uma boa educação e por uma sadia orientação de nossos netos. Como - pensamos - procuramos dar aos nossos filhos, pais de nossos netos. E por mais que saibamos que isso vem acontecendo, sem exigências e com açúcar, embora de longe, queremos conferir tudo. Absolutamente tudo. Ou quase tudo.
De repente, enquanto alinho essas linhas, Emília, que está no Recife, partiu hoje, cedinho, para matar a saudade de nossos netinhos que vivem por lá, me liga e diz: “Eu, Guilherme e Gabriela jantamos juntos. E Gabi ficou para domir comigo”. Que ciúme!
Fiquei com uma pontinha de ciúme, malgrado os versos de Shakespeare na minha cabeça a dizer: “Meu Senhor, livrai-vos do ciúme!” E por mais que digamos que não o temos, essa é a hora em que nos traímos. E ei-lo em nós.
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