domingo, 22 de outubro de 2017

MINHAS LINHAS (22.10.2017) (VOLUME II)

“Desembauzar”. Este é o neologismo que Wagner me soltou: “Tem que ‘desembauzar’ esse material”. Dei de ombro. Mas, nem tanto. Como, por certo, gostaria.

Aos poucos, fui “desembauzando” minhas linhas e as liberando ao público pelas redes sociais; pela imprensa falada e escrita, ao tempo que ia ordenando-as e reunindo-as em volumes, para enviar ao prelo, com as cautelas ditadas pelo nosso Wagner Marques.

Indaguei-me, recorrente, há pouco. Publicar essas linhas? Perdi o senso? Eu? Mas essas linhas foram tecidas nas minhas horas de lazer. Sem relevância e sem pretensão. 

Não! Não perdi o senso. Se falarem? Que falem! Aliás, de tudo se fala. De quem produz. De quem não produz. E eu produzi. E as linhas são minhas. 

Vou aos meus arquivos, gavetas e baús. Descubro pastas e pastas. Algumas até pesadas e densas. Outras nem tanto. Que em infinitas linhas contam o cotidiano de minha cidade e alhures. Cotidianos reais e ficcionais. 

Contam algumas das minhas jornadas. Na verdade, percursos de caminhos. Que perfazem jornadas. Estas, sempre verticais, valentes, firmes e diretas. 

Fáceis esses caminhos? Não! Difíceis suas ultrapassagens? Sim. Pedras tentaram barrá-los? Também, sim! Contudo, parecia segurar-me na sentença de Mário Quintana: “Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo”. Quem sabe, este, cristalizado por linhas e linhas. 

À Ezandra e Diego, que me ajudam nessa difícil tarefa, disse-lhes: “Vocês pensam que chegaram ao fim? Este, longe. Muito longe, ainda! Aqui, temos algumas vezes mais material que esse encontrado em nossas varreduras. Mãos à obra! Posto que já estejamos com as mãos nela”.

Nunca pensei passar pelo que me ocorre nesses últimos tempos. Nunca!



Nenhum comentário:

Postar um comentário