Neste último final de semana, estava a conversar com um amigo em Recife. De repente, ele me pergunta: “E nesse feriadão? O que vamos fazer? Que achas de passarmos uns dias em Porto de Galinhas e por lá darmos um bom passeio de barco? Fiz isso outro dia. Num desses feriadões. Que delícia! Voltei novo. Novo e motivado para enfrentar os dias a dia do Recife. Que, cada vez mais, estão difíceis. É o trânsito que não anda. É o calor cada vez mais insuportável. Enfim, um desafio à mobilidade cidade.”
“Posso não, amigo. Posso não. Você está ficando doido? Neste ‘feriadão’, como você chama, vou ter muito que fazer. Tenho que reverenciar as memórias de meus pais, irmão, parentes vários. Também amigos indizíveis. E devo dizer que há muitos anos dedico esse dia a eles. Posto que pense neles sempre, e para eles faça minhas orações”, respondi. E continuei: “Confesso, amigo, que sou fiel à tradição de minha Igreja, que desde o Século II vem dedicando um dia àqueles que se foram, sendo que, a partir do século XIII, este dia passou a ser o dia 2 de novembro, porque o 1º de novembro é o dia da Festa de Todos os Santos. Portanto, amigo, dispenso-me de lhe acompanhar, mas deixo registrada essa data singular de respeito e extrema veneração dos católicos de todo o planeta. Em outro ensejo, prometo: vou com você a esse passeio de barco. Na próxima quinta-feira, seguramente, não. É o dia de todos nós, católicos, dirigirmos nossos pensamentos para os nossos que se foram.”

“Mas que coisa!”, exclamei a mim mesmo, já na minha alcova, no aguardo do sono que não chegava. Quem sabe pensando no amigo, que ao invés de ir para Garanhuns venerar os seus e voltar sua mente aos seus pais, familiares e amigos, vem-me com essa de Porto de Galinhas, praia que está lá todo dia, quando 2 de novembro é dia único.

De mais a mais, nada tenho contra os Campos Santos. Pelo contrário. Tenho todo respeito por eles. E a eles sempre estou presente quando preciso e, em especial, nesse dia 2 de novembro. No dizer de Teodoro Wanke: “Gosto de ir aos cemitérios, admirar os túmulos dos que venceram na vida”. E eu diria mais: sobretudo por uma causa. Uma causa de natureza coletiva.
Pronto! Foi bom o sono ter tardado. Porque, pronto na minha cabeça, o esboço de minhas linhas que vão ao meu notebook, na próxima quarta-feira. Para que na quinta ou mesmo ainda na quarta, já possam estar nos meus perfis, fanpage e blog.
Que assim seja. Pois!
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