sexta-feira, 26 de maio de 2017

EXEMPLOS EXIGEM EXEMPLOS (VOLUME I)


Uma amiga me envia um texto sobre o imbróglio político e econômico em que vivemos, já a ponto de fechar cinco anos. 

Disse que seu texto me deixou muito feliz pela iniciativa. Porém, também, muito reflexivo. Texto objetivo, direto, lúcido, claro... Absolutamente, cristalino. E de quem sabe das coisas e pensa sobre seu país. Texto que procura apontar saídas. E, realmente, o faz. E, para tal, ela convoca a todos. 



Diz ela: “é imperioso o engajamento de toda a nação.” Para ela, essa é a saída, e única. E ela aponta: “A nossa presença e engajamento à solução desse impasse a que chegou a nação brasileira.” 

Mas eu fico a me perguntar: será que temos uma nação preparada para essa empresa que exige tamanha grandeza, que exige tomada de posição? Que requer afirmação. Que pressupõe presença e união da nação. Presença e união da nação que importem em destemor, em reações e massacres aos traidores da pátria? Massacres a estes, no sentido de seus expurgos da vida pública, que, com desfaçatez e ganância, pensaram e pensam que exerciam e exercem o poder, de onde parece que não quiseram ou não querem se afastar? 

Será que a partir da própria nação, damos o exemplo do que sonhamos e do que queremos, do que vamos fazer... para sermos um país, pelo menos, mais próximo do que imaginamos? 

A via é dupla. Exemplos exigem exemplos. Temos, portanto, que dá-los. E eu tenho dúvida de que nossa nação venha dando exemplos na mesma medida que exige exemplos de seus mandatários. 

A verdade é que nossos mandatários estão lá, porque fomos nós que os colocamos lá. Donde a pergunta que cada um de nós, milhões de eleitores, cabe fazer: Será que os escolhemos de maneira livre, consciente e independente? E sem troca de favores, como propõe a democracia? 

Espero que a nação brasileira encontre uma saída para esse imbróglio, e que este lhe sirva de exemplo para o futuro. E este é agora. É hoje. 

Já erramos muito. Muito mesmo! Não temos mais o direito de errar. A nação, portanto, não tem mais esse direito. Ah! Não tem mesmo. Sob pena de, já, já, poder deixar de sê-la. Sim, de ser nação. Porque esta carrega consigo, intrinsecamente, o direito da escolha dos seus mandatários, sem amarras. Mas com liberdade, consciência e independência. Portanto, sem troca de favores. Sem ceder àqueles que a deseja subjugar. Sim! Do ponto de vista social, político e econômico. 

País como o nosso não poderia está como estar. Ah! Não! Definitivamente, não! Porque: 

A1 - Somos o maior país do mundo em biodiversidade; 

Com efeito, a grande extensão territorial do Brasil abrange diferentes ecossistemas, como a Floresta Amazônica - porque reconhecida como tendo a maior diversidade biológica do mundo; de igual maneira nossa Mata Atlântica; ainda o nosso Cerrado; e, como se não bastasse, a nossa Caatinga... Tudo apontando, em conclusão, para um país, reconhecidamente, megadiverso. 

A2 - Temos terras suficientes para dobrar, em muito, nossa produção de alimentos, sem praticar nenhum desmatamento; 

Com efeito, o nosso país, de dimensões continentais, não tem despertado para essa realidade. E, esse despertar, se impõe. E é urgente! 


A3 - Somos uma população do tamanho ideal. Nem pequena demais, a ponto de ser um limitador. Nem grande demais, a ponto de ser um dificultador, já que somente cerca de 25 habitantes por quilômetro quadrado ocupam o nosso território, número este muito inferior ao registrado pelos demais países da América; pela China e pela Índia. 



Enfim, temos tudo para sermos uma grande nação. E não somos, paradoxalmente, porque parece que não queremos sê-la. 



BASTA! Temos que ter a consciência e a coragem de dizer: BASTA! Temos que partir para a ação, e já. Porque, ou o fazemos ou sucumbiremos, todos nós. Não suportamos mais esses nossos desacertos, esses nossos desencontros... Estes, em vias duplas. Do eleitor e dos eleitos. 


Queremos o império da seriedade, da honradez, da dignidade, da integridade... E, repito: tudo em vias duplas: dos eleitores e dos eleitos. E não me seria custoso acreditar que podemos conquistá-lo. E essa crença que tenho não encerra nenhuma premonição de minha parte. Basta querermos. Senão, haveremos de continuar vertendo água dos olhos. Perplexos e com a estima lá em baixo, como já nos ocorre em nossos dias a dia. Que Deus salve o Brasil e a nação brasileira!

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