sexta-feira, 28 de julho de 2017

POLO DOMINGUINHOS - OITAVA NOITE (VOLUME I)


Hoje, sexta-feira (28), milhares aportam a Garanhuns para sentir o melhor clima do Brasil. Marcar presença no “Maior Festival Multicultural da América Latina”. Afinal, só temos hoje e amanhã. Alguns me perguntam: “Melhor clima do Brasil”? “Maior Festival Multicultural da América Latina?” Respondo a todos, invariavelmente, com outra pergunta. “Tudo bem! Vocês me perguntam. Eu respondo, também perguntando: se Garanhuns não tem o melhor clima do Brasil, que outra cidade de nosso país, tem? Se não somos o ‘Maior Festival Multicultural da América Latina’ em que cidade, daqui ou de alhures, se faz o maior?” Todos silenciam. Donde eu concluo que somos mesmo. E, quem nos conferiu esse título não fora o orgulho ou o amor garanhuense, não! Até porque não o poderiam um ou outro, por si só, conferir a Garanhuns essa reputação. Fora gente de fora. Gente que conhece de Festivais. De todo o país. Do ramo. E que vivem deles. E para eles. Fazendo deles seu ofício. Em seus dias a dia. 

Cabe-nos, portanto, enquanto garanhuenses, ficarmos orgulhosos desse título, que confere notoriedade à nossa cidade, e que eleva a nossa autoestima. Daí, porque devemos zelar por ele, porque nos cabe defendê-lo. 

Apontar deficiências? Sim! Sem problemas. Sugerir melhoras? Sim! Mas, claro, tudo na perspectiva de se aperfeiçoar o nosso FIG, a fim de que se mantenha como orgulho de Garanhuns, e se conserve como o maior produto cultural de Pernambuco. Para que aconteça, sempre. E melhor. E maior. Cada vez melhor. Cada vez maior. Inquebrantável. Eterno...

Será que esses que atiram contra o Festival de Inverno de Garanhuns - e deles me permito dissentir - souberam e estiveram presentes na “Plataforma FIG”? Que durante dois dos atuais dez dias do FIG, reuniu os maiores produtores nacionais de Festivais e discos com artistas para debater sobre o assunto que contou, inclusive, com a presença, dentre outros, de Melina Hickson, André Paulo, Gutie e Jarmeson Lima, na quarta-feira (26). Ainda de Fabrício Nobre, Paola Wescher, Márcio Caetano e Zé Ricardo, na quinta-feira (27), curador do Palco Sunset, do Festival Rock In Rio, e que, a propósito, ao cabo da “Plataforma FIG” declarou: “O FIG nos faz pensar e até repensar os nossos próprios projetos. Ou seja: essa iniciativa do FIG é fundamental para o futuro da música. Quem pensa em música de qualidade, quem pensa em realmente uma entrega para o público de conteúdo, não só de uma entrega superficial, precisa estar trocando, se atualizando e aprendendo com seus colegas de produção.” (grifamos)

Que realces caberiam sobre a sentença de Zé Ricardo, e de todos na “Plataforma do FIG”? Penso:

A1. Sem dúvida, a sua estada e de todos esses nomes da música em Garanhuns teria valorizado o nosso Festival; 

A2. As suas declarações foram muito importantes para Garanhuns e colocou o FIG nas páginas nacionais; 

A3. O respeito que tiveram ao que fazemos em termo de festivais em Pernambuco e, particularmente, em Garanhuns; 

A4. A relevância de suas palavras ao dizer que vai “pensar e até repensar os nossos próprios projetos.” (grifamos)

Muito forte o que fora referido e igualmente muito honroso para Pernambuco e para Garanhuns, não? Que ficam na certeza de que estamos no caminho certo.    

O nosso Festival de Inverno é imenso e denso... E a nós, confere um sentimento de que devemos ficar unidos para defendê-lo como um grande espetáculo. E, como tal, estamos a defendê-lo, por certo como um grande produto que alavanca nossa economia. Daí nessas linhas a minha insistência. Que não me é mais exclusiva. É de milhares de garanhuenses, de pernambucanos, de todos.

Com efeito: 

B1. Chegou a hora de se procurar alongar o FIG, para que seja melhor presenciado, aproveitado e vivido. Por todos que chegam a nossa cidade, nesse período. E desse público muito precisamos.

B2. Chegou a hora de se procurar prestigiar aqueles que vêm de fora com um espaço a eles reservado. 

A ideia, com a distensão do FIG, é ocupar seu palco principal somente nos finais de semana - sextas e sábados - com os artistas que, hoje, o FIG comprime nos dez dias. E, durante os dias das semanas - domingos às quintas-feiras - artistas locais e regionais. Tudo normal nos demais palcos, oficinas, filmes, peças teatrais... Aliás, já presentes no atual modelo. 

Com esse formato, manteríamos Garanhuns efervescente durante todo o mês de julho. Como em Gramado e Campos do Jordão, em seus Festivais de Inverno e em seus Natais. Como vem ocorrendo em nossa cidade, já na sua IV Edição - 52 dias, com 08 finais de semanas.   

Mas, nessa sexta-feira (28), oitava noite do Palco Dominguinhos, por ele passaram Kiara Ribeiro, Grupo Terra, Gerlane Lops, Mariene de Castro e Mart’nália. Nomes que encantaram a todos os presentes na Esplanada. E esta cheia. Cheiíssima! E vibrando com a noite que perseguia a madrugada e que, bem devagarinho, chegava, saudando a todos, com sua neblina e garoa, que só Garanhuns tem. E, muitos, ainda a comentar o que teriam visto no Palco Cultura Popular, desde as 12 horas; nos Palcos Pop e Instrumental, desde as 17 horas e nos palcos Mamulengos e Pontos de Cultura, além do Palco Erudito, desde as 16 horas, este na nossa Catedral. Mas já de olhar no Palco Forró, a partir das 23 horas. Tudo como prenúncio de final, que já apertava a garganta de muitos, deixando-os a dizer, uníssonos, posto que, baixinhos: “Ah! Eu quero mais!” Esse mais seguido da pergunta: “Por que acaba amanhã? Por quê?”

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