segunda-feira, 3 de julho de 2017

ASSIM É GARANHUNS (VOLUME I)

Uma vez disse a assessores de um político, daqui. Sim, daqui de Pernambuco: “Garanhuns é uma cidade que sabe ser grata.” 

A gratidão, para Garanhuns, é mais que um sentimento abstrato de sua gente. Vai além de um simples gesto. É uma ação efetiva. Materializada, através de respostas concretas. E, se possível, duradouras. 


Quando se estuda a história de Garanhuns e sua gente, nos deparamos com inúmeros exemplos dessa natureza, que dizem alto dessa qualidade da “Cidade das Flores”, a começar pelo exemplo que Garanhuns sempre conferiu à própria Simôa Gomes: “Terra de Simôa”. Talvez o cognome mais forte e expressivo que Garanhuns carrega. Duradouro. E eu diria eterno.

Esses gestos, ações, respostas... podem até tardar. Mas, ocorrem. Sempre ocorrem. Nunca deixam de ocorrer. É que Garanhuns e sua gente são cautelosas, reflexivas... Buscam a justiça. Esta, o mais possível, para essas homenagens. 

Com Dominguinhos, tudo aconteceu muito rápido. Mas tinha que sê-lo. Até por conta de sua presença entre nós de forma tão frequente e calorosa. Sobretudo em seus últimos anos. Como se estivesse a agradecer à sua cidade e sua gente por toda uma vida de glórias que vivera. Como se, na verdade, já estivesse se despedindo de todos nós. 

Com efeito, ainda em vida, inúmeras homenagens foram-lhe prestadas por seus conterrâneos. E, talvez, a mais significativa tenha sido a de ter recebido o Troféu “Anum de Ouro” em uma noite apoteótica e memorável do Inverno de 2008, em plena Esplanada. Ela, cheia. Que, mais tarde, teria seu nome. 

Com efeito, ao falecer, para Garanhuns veio seu corpo. E tinha que vir, até por conta do apelo que fazia pelo Brasil afora, em seu “De Volta Pro Meu Aconchego”. E veio!

Com efeito, a Esplanada, que muitos já chamavam de “Mestre Dominguinhos”, tinha que mudar de nome. E mudou! 

Com efeito, um Festival, que levasse o seu nome teria que ser criado, como o foi. E, por fim, a rodovia, por onde tanto trafegara, também acaba de levar seu nome. 

Mas, Garanhuns ainda não exaure essas homenagens ao Mestre Dominguinhos. 

Ela e sua gente querem mais. Muito mais! Querem dizer a quem quer que a escute que não deixarão de cantar Garanhuns como ele cantava. E o fará, para sempre: “No meu Garanhuns / O forró é bom demais / Todo mundo se sacode / Cada vez querendo mais / Névoa caindo /Ai, meu Deus, que coisa boa! / Suíça brasileira / É a Terra da garoa /Quando chega São João / É grande a emoção do povão / No Parque Ecológico Pau Pombo / Tem um relógio solar como atração / Foi lá que comecei junto com meus irmãos / Tocando na feira pra ganhar o pão / Tudo isso é motivo de recordações / Garanhuns, Garanhuns”.

Assim é Garanhuns. Garanhuns e sua gente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário