
Já há algum tempo, o saldo perecível tem sido bem maior do que as vendas dos dias a dia. Há muito tempo. Antes, pela perda de destino de nossa cidade. Nesses últimos anos, além dessa perda, também por conta do que passa a economia do nosso país. Desde 2013 e, que parece não ter fim.
Realmente, tem sido difícil sobreviver num cenário como esse. Queda de poder aquisitivo. Desemprego. Aumento da descrença no país...

Também respondo a amigos: “Estou novo. Novíssimo. Esse é o sentimento de agora, nessa quase tarde chuvosa, aqui, no Recife. A mudança de atmosfera é muito importante. E para mim tem sido excelente. Recarrega-me todo. Dos pés à cabeça. E esta fica muito grata. Porque pra lá vão todos os problemas dos dias a dia da gente. Querendo soluções, não raro, milagrosas”.

De repente, o celular toca, e tira-me do deleite. Diz-se do outro lado da linha: “Balão faleceu”. Fiquei incrédulo e atônito. A imagem de Balão me veio logo à mente. Também, o seu olhar que inspirava confiança e crédito. Era uma satisfação, na verdadeira acepção da palavra, conversar com ele. Conversa séria, objetiva e honesta. Tinha grande simpatia por Balão, o querido Marcelo. Sempre que passava por perto de sua loja, ia lá dar um “Olá!” pra ele, e saber como iam os negócios, ao que me respondia: “Ah! Sofríveis, Givaldo!”. Essa a resposta configura-se, não só dele, mas da grande maioria dos comerciantes da cidade.
Que Deus o tenha, Marcelo. Estou a armazenar no meu imo a sua imagem e suas palavras. Elas ficarão, para sempre, nas gavetas de minha memória. Mas quero, ainda, dizer: “Garanhuns perdeu um grande filho, que vivia a sua vida, em paz, e cônscio de seus deveres para com seus irmãos”.
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