
“Vamos ao Palco do Forró assistir a ‘Banda Coruja e seus Tangarás’, que vão varar a madrugada?” - perguntaram-me. Disse-lhes: “Estão brincando! Depois do Som na Rural, Palco Cultura Popular, Palco Pop, Palco Instrumental. Agora, Palco Dominguinhos, vocês ainda querem ir ao Palco Forró?” Devolveram: “É que ainda há tempo para assistirmos a ‘Azulinho’ e a ‘Banda Coruja e seus Tangarás’.”

Não tenho o menor fiapo de dúvida sobre o que tenho referido, faz anos. Distender o Festival. Prestigiar o turista. Que quer uma distinção. E é tão pouco: um espaço, posto que opcional. Assim, pagando pelo uso dessa opção. Chegou a hora, portanto, de se procurar prolongar o FIG, para que seja mais bem presenciado, aproveitado, vivido... Sobretudo, por quem aporta à nossa cidade para assisti-lo. E desse público, Garanhuns e Pernambuco, muito precisam.
Sendo assim, chegou a hora de se procurar distinguir aqueles que vêm de fora com um espaço a eles opcional. São turistas de Recife, João Pessoa, Natal e Fortaleza, pelo norte. São turistas de Maceió, Aracaju e Salvador, pelo sul. Diria de todo esse Norte e Nordeste brasileiros que, para as montanhas acorrem, na busca do frio garanhuense, e atraídos para assistirem, ao vivo, a shows de qualidade.
Como referido pela produtora Priscila Melo na “Plataforma FIG”, que veio para ajudar a azeitar a cadeia produtiva da música independente no Brasil: “São dezenas de artistas circulando durante dez dias na cidade, que nem sempre sabem encontrar o caminho mais rápido para sua música escoar da melhor forma no mercado. Queremos encurtar essas pontes.”


O FIG, Edição XXVII foi sucesso. Já dizia em seu lançamento, em Recife: apesar dos tempos difíceis em que vivemos no Brasil, Pernambuco, com competência, fará, um grande Festival, senão o Festival de seus sonhos. Até em homenagem à sua história, em respeito às edições passadas do Festival de Inverno de Garanhuns. Hoje, consolidado, eterno como Patrimônio Cultural e Imaterial de Pernambuco.
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