quinta-feira, 7 de setembro de 2017

BRAVA GENTE (07.09.2017) (VOLUME II)

Hoje, Dia da Pátria. Doente, embora, acometido que estou de uma forte gripe, que trouxera de São Paulo, tinha tudo para ficar de repouso na minha alcova na busca de me recuperar. Disse, todavia, a mim mesmo: “Ah! Não! Não mesmo. Voltei, ontem, a caminhar. Não vou parar hoje por conta de uma gripezinha, não. Mas não vou mesmo!”

Como ainda é cedo, faço minha caminhada, tomo meu café da manhã no Palace, troco-me, de volta à casa, e vou ao desfile na avenida, até porque gostaria de assistir a esse retorno do Lions aos nossos desfiles cívicos. 

Com esse gesto estarei, posto que sem minha presença nas fileiras, ombreando-me aos Companheiros e Companheiras que, faz anos, deles não participam - cuido por mais de 30. 

Açodado, pulo da cama. Expulso a indisposição. Envergo roupas apropriadas, e corro à garagem para pegar o carro. Tudo conforme planejado.  E o que vi? O mundo fechado pela garoa e pela chuva forte que desabava em Garanhuns. Que pareciam se despedir da cidade do frio e da garoa. “Ainda inverno?” - perguntei aos meus botões. Não! Não! O inverno acabou. Já é primavera. Vivemos setembro. 

Disse-me: “Assim fica difícil meu programa. Inexequível!” Mas não volto mais à alcova. Parto, então, para meu café da manhã, já que temerário a gripados fazer caminhadas debaixo de chuva. Depois, vou me comprazer com o desfile. Na certeza de que todos, sobretudo do Lions, também hão de estar na avenida, se comprazendo neste dia tão sagrado à nação brasileira.   

Pensei no dia de hoje, eu, mais sério: Sete de setembro. Dia da Pátria. À minha memória, três nomes que reverenciamos: José Bonifácio, Dona Leopoldina e Dom Pedro. 

O primeiro, considerado o “Patriarca da Independência”, teve papel fundamental no desfecho da nossa independência, ocorrida no dia 07 de setembro de 1822. Quem sabe? Sem ele, o Brasil provavelmente não existiria. Uno. Gigante. Como hoje o conhecemos. Quem sabe, sem ele, certamente, esse território que tanto nos orgulha, teria sido objeto de divisões, fatiamentos, fragmentações... 

De mais a mais, foi José Bonifácio quem deu força à Princesa Dona Leopoldina. Que, com essa, encorajou Dom Pedro para aquele grande dia. 

Perdi a caminhada no parque; perdi a marcha com os Companheiros e Companheiras do Lions. Mas, no que pese, estive na avenida, guarda-chuva na mão, a cumprimentar tantos e tantas, que lá estavam para saudar o grande dia da nação brasileira.

Como faço há anos, não perdi, hoje, esse dia na minha cidade, posto que adoentado. Tive força para lá estar. Tive entusiasmo para cantarolar os versos de Evaristo da Veiga, com música de Dom Pedro. Ele, já coroado Imperador do Brasil, com o título de Dom Pedro I. 

“Ou deixar a pátria livre 
Ou morrer pelo Brasil”

Que cantarolo desde criança. E, neste ano, temeroso que os inimigos da pátria nos levem ao silêncio. Porque eles têm pavor da Pátria Brasil. Muito mais dela livre e discernindo. E de morrer por ela, jamais. Jamais!  
“Lá atrás, ainda menino, cantarolava - para mim já uma façanha - ‘Brava Gente’, sob o olhar sério e austero do meu melhor Mestre, Pe. Adelmar da Mota Valença”, disse, hoje, com todo respeito e reverência, ao Pe. José Emerson. E o fiz com grande emoção. 

Bela manhã essa de hoje na minha cidade. Manhã dedicada à Pátria. E a abraçar os amigos e as amigas na avenida. Por tudo. E por todos e por todas.

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