sexta-feira, 4 de agosto de 2017

MICHAEL JACKSON (30.06.2019) (VOLUME II)

A primeira vez que ouvira falar em seu nome já era década de 1980. E, lá, para seu final. Mas ele vinha de antes. Muito antes. Vinha de 1964. Ainda criança. Apenas com seis anos, já que nascera em 1958. Ele e seus irmãos, em grupo, começavam uma carreira, sob o incentivo dos pais, que descobriram neles o talento à música. 

Ouvira de uma colega de trabalho. De repente, a colega adentra na minha sala. Recordo que com um radinho de pilha na mão. Uma música tocava e me deixava surpreso, magnetizado... “Espera aí. Espera aí. Nunca ouvi tamanha beleza musical!”, disse. A voz do cantor. O ritmo da música... Tudo era diferente. Diferente de tudo que eu já ouvira. Para mim, aquela música era surreal. Ou quase. Que não cabiam maiores comentários. Não! Não cabiam. Era simplesmente genial. 

Açodado, perguntei: “Quem é esse cantor?” A colega respondeu: “Givaldo, você não sabe?” Respondi-a: “Não! Não sei. Por isso que estou a perguntar. Não tenho checado, faz tempo, os sucessos musicais. Ando em débito com esses avanços. Essas novas.”, murmurei. Ela estranha, certamente, por minha ignorância sobre o assunto, já que o mundo celebrava há mais de uma década o novo astro em sucessão a James Brown, Louis Armstrong, Sammy Devis Jr., Ray Charles, The Beatles... Que tanto o influenciaram. Disse-me ligeira: “É Michael Jackson, fenômeno da música internacional. Que aponta à fama como ‘Rei do Pop’ mundo afora.” 

Depois dessa, a destempo, claro! Confesso que passei a correr atrás do tempo perdido, a despeito das quase duas décadas, passadas. Ah! Que retardo! Correr atrás de Michael, de suas músicas, que diziam tudo. De suas letras, ritmos... Tudo belo! Tudo lindo! Muito belo. Muito lindo. Pelas letras. Pelos vocais. Pelas danças. Pelos arranjos. Pelas coreografias... Bem, aí, então, eu já era seu fã. Dele comprava tudo - vídeos e shows. Tudo que aparecia no mercado sobre essa figura magnífica, chamada de Michael Joseph Jackson.

Em quinteto com os irmãos, ele entraria em breve para uma promissora carreira solo, até aquele fatídico dia quando se preparava para uma nova turnê mundo afora (25.06.2009), com apenas 50 anos de idade. 

O mundo terá muita dificuldade em substitui-lo. Diferentemente, do que lhe ocorrera em relação àqueles que o influenciaram.

Michael era genial em tudo - compositor, arranjador, dançarino, cantor. Simplesmente extraordinário. Além de grande produtor, empresário, filantropo, pacifista e ativista. Fora tudo. Ou quase tudo, posto que sem desejo de ofuscar ninguém. Pelo contrário, modelo para outros que surgiam e surgiriam depois como Madonna, Beyonce, Lady Gaga... Indizíveis! 

O Guinness Book o aponta como o maior artista de todos os tempos, tendo vendido mais de 1,5 bilhão de gravações em toda sua carreira, a rigor, começada em 1969. A Sony registra a incrível marca de 750 milhões de álbuns vendidos a nível mundial. Ou seja: mais do que The Beatles e Elvis Presley. O seu álbum “Thriller” foi considerado o mais vendido da história, tendo atingido a marca de mais de 110 milhões de cópias em todo o mundo.

Mas Michael também esteve no Brasil. Por três vezes pisou em solo brasileiro. Pela primeira vez, em setembro de 1974, com os irmãos, em turnê pela América Latina.   A segunda vez foi em outubro de 1993, tendo feito dois shows no Morumbi, em São Paulo. Em sua última estada no Brasil, esteve gravando em Salvador, no Pelourinho e no Rio de Janeiro, na Favela Dona Marta. 

Realmente fantástica a vida desse gênio da música pop. O mundo está a esperar um nome que venha a substitui-lo, já há mais de oito anos. 

Michael Joseph Jackson, artista que ouvira falar já há tantos anos, mas que ficou na minha mente. E nos meus encantos. 

Outro dia, encontrei a colega que me trouxe o nome de Michael. Foi logo me perguntando por ele. “Ah! Agora você não me pega mais não. Dele, talvez, já saiba mais que você!”, disse-a.   

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