domingo, 6 de agosto de 2017

A OBRA DE JÁDER E MINHA TURMA (30.11.2014) (VOLUME II)


Em casa. Em meu exílio, cercado de livros. De repente, ponho-me a observar a mais recente produção de Jáder Cysneiros. Que aprecio. E, por isso mesmo, tenho várias. Vejo, no entanto, que não a colocaram corretamente na parede.

A obra ‘O Cortador de Cana’, nome de batismo, na horizontal, retrata um camponês em seus dias a dia, agachado no canavial, em sua labuta como bom cortador dessa cultura na nossa Zona da Mata. No que pese a beleza da obra, ela fora posta na vertical, na parede, dando-lhe um estranho visual, já que composta na horizontal.    

“Puxa! Que horror! Que falta de cuidado e carinho. Bastava terem observado e conferido a posição da assinatura do autor, tão visível na obra, na horizontal.” 

Mais adiante, na mesma parede, vejo alguns diplomas a mim conferidos nessa minha jornada. Um deles, no entanto, chama-me a atenção e me remete a um passado que não consigo olvidar, a despeito dos anos que se foram. Meu diploma de graduação. De repente, na minha mente, a imagem de tantos colegas, levando-me a uma grande saudade. Saudade daquele dia. E com ele, dos colegas. Dos meus pais. Dos meus irmãos. Enfim, parentes presentes àquela cerimônia - 10 de dezembro de 1971.

Vou ao álbum de fotos daquele dia. Para quê? A saudade apertou-me intensamente. Começo a identificar vários de meus colegas. Vários que já se foram. Alguns deles muito próximos a mim. 

Já faz anos. Muitos anos. Décadas! De repente, percebo que aquela data se aproxima de novo, fechando mais um ano. Já que, hoje, 30 de novembro de 2014. Portanto, 43 anos. Quatro décadas e três anos.

Ligo para alguns dos meus colegas. Lembro-lhes a data - 10 de dezembro. Cobro-lhes um reencontro, um companheirismo, uma confraternização... Enfim, um dia e uma noite diferentes com todos. Ou, se preferirem, um repouso por alguns dias em algum resort da nossa zona sul, quem sabe, Porto de Galinhas ou alguma cidade do interior. Que já vou sugerindo a “Cidade Poesia”, a “Cidade Mágica”, a “Cidade onde o Nordeste garoa” - Garanhuns. E até em recordação ao nosso primeiro ano, quando, aqui, estivemos em excursão. A muitos pergunto por vários. Mas não fico satisfeito com algumas das respostas. Na verdade, bate-me uma profunda tristeza. E fico a dizer: “Não! Não é possível. Você não fala sério.” De uma colega, talvez das mais próximas de mim naqueles tempos, ouvi: “Temos, Givaldo, que aproximar mais esses nossos reencontros. Afinal, o tempo flui, e urge que assim façamos. E, por isso, temos que aproveitar melhor o que nos resta.”       


Torço para que este ano venhamos a nos reencontrar mais uma vez. Torço!  

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