quinta-feira, 10 de agosto de 2017

SANTO PADRE (13.03.2015) (VOLUME II)

Hoje, exatos dois anos da eleição em que se escolheria o primeiro Papa latino-americano, o primeiro Pontífice do hemisfério sul, o primeiro Papa não europeu e o primeiro Pontífice do Novo Mundo. 

Hoje, exatos dois anos em que, na Capela Sistina, se ouvira do Cardeal Bergoglio, porque a ele perguntado: “Eu sou um pecador, confiando na misericórdia e paciência de Deus, no sofrimento, aceito.” 

Hoje, exatos dois anos em que, da sacada central da Basílica de São Pedro, o mundo, ansioso, ouvira “Habemus Papam!”

Hoje, exatos dois anos em que, da sacada central da Basílica de São Pedro, o mundo ouvira de seu novo Papa: “Irmãos e irmãs, boa noite! Vós sabeis que o dever do Conclave era dar um Bispo a Roma. Parece que os Irmãos Cardeais tenham ido buscá-lo quase ao fim do mundo... Eis-me aqui.”

Seu nome: Francisco. “Por que Francisco?” Ouvi de muitos essa pergunta. Em mais de dois mil anos nunca tivemos um Papa com esse nome. Por que Francisco? Que lógica levara o Cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio a escolher esse nome? Alguns me diziam: “Coisa de argentino.” Outros: “Feio para um Papa carregar esse nome.” Outros, ainda: “Para nós, brasileiros, nome de periferia. Dos arredores das cidades. Não tem nada a ver. Francisco?” E por aí diziam. E diziam... 

Aos poucos, comecei a ouvir referências em sentido contrário. De alegria ao nome escolhido. De apoio ao antes Cardeal de Buenos Aires pela escolha de seu nome papal. E isso, pouco a pouco, na medida em que se sabia mais um pouco... e mais um pouco de sua vida desde a sua juventude. 

Papa Francisco - 266º sucessor de Pedro é um homem cuja fé foi construída “com base no que aprendeu com uma camponesa italiana, uma mulher que enfrentou um regime ditatorial, emigrou para uma terra estrangeira, cuja família foi à falência”, disserta Mark Shriver, que vai a fundo sobre a vida de Jorge Mario Bergoglio, e, em particular, sobre sua avó, Rosa. 

Austen Ivereigh descreve a morte de Rosa em sua biografia sobre o Papa Francisco. Diz ele: “Ele a adorava, ela era o ponto fraco dele.”  

Eu próprio já estava me convencendo que deveria ser outro o nome a ser adotado por Jorge como o 266º Papa da Igreja de Cristo. Aos poucos, contudo, comecei absorver e, mais que absorver, a aplaudir a escolha. Eu e, hoje tenho certeza, o mundo. Porque sua vida anterior ao papado. Porque sua vida nesses dois anos de papado nos faz lembrar São Francisco de Assis. O exemplo que São Francisco de Assis deixou para o mundo, a ponto de ser tido por muitos como a maior figura do cristianismo desde Jesus. E era desse exemplo. Do exemplo de São Francisco de Assis que o mundo estava a precisar. 

O próprio Papa Francisco é quem responde sobre a escolha de seu nome: “Muitos disseram que me deveria chamar ‘Adriano’, como o grande reformador Adriano VI, ou ‘Clemente’, em vingança contra Clemente XIV, que aboliu a Companhia de Jesus.”  



Mas, continua: “Foi por causa dos pobres que pensei em Francisco.” Dos pobres que teve azo ao longo da vida de São Francisco de Assis. Conquanto a eles se dedicando, e destinando toda sua força e amor à sua proteção. 

Assim tem sido o nosso Papa Francisco. Que encanta o mundo. Que resgata a Igreja de Cristo. E dela faz exemplo para seus fiéis.
Que Deus permita o Papa Francisco conosco por muitos... Muitos anos.     

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