segunda-feira, 21 de agosto de 2017

PAÍS SEM JEITO (21.04.2017) (VOLUME II)


Ao tempo do Brasil Colônia, pagávamos à Coroa Portuguesa um alto tributo. Um absurdo! 20% de tudo que produzíamos, sobretudo em ouro, daqui saíam para Portugal. E essa cobrança era feita de forma impositiva e implacável. Correspondia a 1/5 de tudo o que se produzia no Brasil. Ocorre que com a queda progressiva da produção, e a consequente queda de arrecadação de tributos, a Coroa quis compensar aquela baixa em suas receitas, daí a cobrança das cem arrobas de ouro anuais que, quando não satisfeita pela população, dela retirava seus pertences para fazer face ao pagamento não efetuado. 


A ganância da Coroa fê-la criar um novo imposto: a derrama.  O que propiciou que Minas, inspirada pelos ideais de igualdade e liberdade - bandeiras do pensamento iluminista, que chegavam às nossas terras, e já impregnados na Europa - viesse a se insurgir contra a cobrança daquele odiento imposto, dando-se início então ao que veio a se chamar, pouco depois, de “Inconfidência Mineira”. 

Os desenlaces dessa insurreição, todavia, não demoraram. Nela estavam à frente os poetas Cláudio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga; o padre Carlos Correia de Toledo, o coronel Joaquim Silvério dos Reis, o alferes Joaquim José da Silva Xavier... 

Joaquim Silvério dos Reis, no entanto, traindo amigos e companheiros de caminhadas de rebelião iminente, pelo perdão de suas dívidas à Coroa, parte para delação, levando seus então pares à cadeia - alguns. E ao desterro - outros. E à forca, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. 

Hoje, exatos 225 anos do martírio de Tiradentes. Esse o paralelo que estamos a almejar: naquela época a cobrança era tida como abusiva e absurda, e ela correspondia a 1/5 do que se produzia. Em nossos tempos, essa cobrança chega a 2/5 do que produzimos, e o governo sempre falando em aumentar e aumentar impostos. E o governo sempre falando em criar e criar mais impostos. Para pagar rombos que ele mesmo causou.   

É de se dizer que estamos há mais de dois séculos da morte de Tiradentes e ainda precisamos de uma “Inconfidência” em nossos tempos? Não sei. Confesso que não sei. E se soubesse, eu diria que a questão, no entanto, passa pela dificuldade que se teria de encontrar um Tiradentes para protagonizar essa insurreição contra essa abusiva cobrança de impostos pelo governo brasileiro. E, pior, sabedores que somos da malversação dos impostos que pagamos por parte de nossos homens públicos. Eles que deveriam, no mínimo, dar o exemplo. 

Se o Brasil vai partir para dar um “basta” a esse absurdo de nossa carga tributária, não sei, mas se essa for a decisão, que Deus nos livre de algum Joaquim Silvério dos Reis em nosso meio, sobretudo nesses dias de tantas delações. 

Nosso dinheiro é confiscado ao dobro do valor do “quinto dos infernos” para sustentar a ganância desses nossos políticos, que nos custa o dobro do que custava da nossa gente à Corte Portuguesa. É legítimo, portanto, pensar e já: Tiradentes foi enforcado e esquartejado porque se insurgiu contra a metade dos impostos que pagamos hoje. E agora? Que vamos fazer, se é que já estamos conscientes dessa verdadeira usurpação? Ou vamos ficar só nos aplausos à coragem dos nossos heróis do passado?

Às vezes sou forçado a pensar: teria sido mesmo só pela cobrança dos impostos que a Coroa levou Tiradentes à forca e tantos outros à prisão e ao desterro naquele fatídico 21 de abril de 1789? Ou as ideias republicanas, já presentes naquela época, não teriam sido a motivação maior?

domingo, 20 de agosto de 2017

TEREZA GUERREIRA (23.03.2017) (VOLUME II)

Ela bem que poderia se chamar assim: “Tereza Guerreira”. Mas era, formal e juridicamente, Resende. Ou seja: Resende, de capa. De fachada. Guerreira, de conteúdo. Intrinsecamente, guerreira. Dos pés à cabeça.

Não conhecia temores, dificuldades, imbróglios... Ela ia em frente e, quando a gente menos esperava, tudo estava pronto e acabado. Ao gosto dos fregueses. Fregueses? Não! Dos amigos e amigas. Que eram tantos.

Inteligência afiada e disponível a qualquer desenlace, deixava a todos que lhe confiava uma tarefa em estado de tranquilidade e segurança. Porque sabiam estar em boas mãos.

Aqui, em São Paulo, já faz dias. De repente, soube da notícia. Não! Não é possível! Aquela mulher? Aquele monumento? É de não se acreditar. Não! Definitivamente, não!

Volto a mim: “Ah! É a vida! A vida que a divindade nos concedeu. A vida que a divindade nos tira. Para viver outra vida pertinho dela. Em aconchego, esse perpétuo. É a vida!”

Consternado. Vejo-me. Consternado. Encontro-me. Consternado. É a palavra que me vem à mente, e, nesse estado, repasso a triste notícia aos amigos e amigas de Tereza.

A notícia me dera Emília, quando finalizo algumas palavras em saudação ao nosso Governador de Lions Internacional que, a partir de quinta-feira, visita meus dois Clubes do coração - Lions Clube Cidade das Flores e Lions Clube de Garanhuns. O primeiro que fundei, com tanto amor e dedicação, enquanto Governador.

Tinha uma grande admiração por Tereza. Mulher guerreira. Mulher disposta. Mulher líder. Mulher... E que tanto me ajudou, com tantos e tantas de Alagoas na minha governadoria.

Lions Clubes Internacional perde muito hoje. Perde um Leão por inteiro. Ela reunia amizade com carinho; solidariedade com dedicação; fraternidade com devoção... Enfim, tudo que um Leão precisa para, realmente, ser um Leão. Ela era, sem nenhum fiapo de dúvida, uma mulher gigante...

A mim nunca faltou. Penso que a ninguém também. De dentro e de fora do Leonismo.

A par desses atributos intrínsecos a uma grande Leão, Tereza era discreta, honesta e inteligente no trato com as pessoas, particularmente quando em seus negócios. Que cuidava com grande zelo e dedicação e, sobretudo, grande amor. Ao negócio em si. E a quem se destinava: seus incontáveis clientes. A quem preferia chamar de amigos e amigas.

Que Deus a receba, em seu repouso eterno.

sábado, 19 de agosto de 2017

VULNERÁVEL (20.12.16) (VOLUME II)

Você não vai ficar na fila. Não! Nunca! Comigo, nunca! Porque você faz parte da obra. É um pouco sua inspiradora. E, como tal, teimosa, tenaz... Um pouco de seus personagens. E, como tal, brilhante. Um pouco de sua autora e diretora. E, como tal, imbatível. Em suma, em tudo, você, presente coadjuvando. 

Gosto de seu jeitão. Se já não a disse antes, disse a mim mesmo de há muito. E o fiz diversas vezes. Tantas vezes. 

Enfático, digo agora: Gosto de seu jeitão. De seu alto astral. De sua cabeça erguida. De seu otimismo. No que pese tudo. Ah! Tudo pensado, calculado... Dentro de suas medidas. 

“Só vou até aonde meus passos alcançam”, ouço-a dizer. Mas tudo sem embargo aos necessários avanços. 

Você passa pra gente felicidade, juventude, alegria... Diria ainda: coragem. E nos faz mais vivos, ativos e produtivos. Sabe afagar seus amigos como ninguém. E a eles você surpreende como nos surpreendeu com essa foto em sua casa. Que lindo! Quase vertíamos lágrimas. 

Tenho sido muito instado às empresas. Você e alguns amigos de fé, têm-me provocado quase em sintonia. A vocês tenho referido: será que terei fôlego para enfrentá-las?  Mas... Você, todos, ou quase todos, insistem. E dizem que acreditam em mim. Digo a você, e a todos, primeiro a meus botões: Negócio fechado! Vou fazê-lo! Já estou fazendo. Sou vulnerável aos pedidos de meus amigos. E, se “mangarem” de mim, já estou com a resposta na ponta da língua: Não tive coragem de dizer “não” aos amigos. Que “manguem” de mim. Pior dizerem que não atendi aos amigos. 


Assim, aprovado o programa da empresa, e ainda sem data definida, mas já com seu título acertado, eis-me com meu blog “Linha e Linhas”. E se vier, no futuro, a editá-las, que tenha o título de “Linhas e Linhas das Redes Sociais”.   

Alguém lerá? Ah! Que pelo menos venham a folheá-lo. Já me distinguirá.  

Sim, a cada mês ou dois, eu, você e todos os amigos, estaremos em algum lugar, juntos, brindando à teimosia e à tenacidade e, eu, dizendo aos presentes que não tive coragem de dizer não aos amigos. 


Negócio fechado! Que pelo menos não “manguem” tanto de mim. É. Sou realmente vulnerável aos amigos. A eles nada sei negar. 



DIA TRISTE (15.11.2016) (VOLUME II)

Acordei com dificuldade hoje. “Que indisposição me toma! Que vontade de ficar nesta caminha gostosa até... Bem... Até eu conseguir abrir o outro olho e recuperar minha disposição. Eu pareço que não sou eu!”, dizia-me. “Acaba com isso, Givaldo. Hoje é feriado. Hoje, 15 de novembro. Não te diz nada? Nada? Nadinha? Não gosto desse dia. Para mim, dia da ingratidão. Da covardia. Da traição. E, dessas, não gosto. Detesto mesmo.”, cravava minha mente. 

Meu Deus, estou delirando. Mas, por quê? Por que será?

Acordo. Percebo que ainda flui a madrugada. Sinto que só um dos meus olhos está aberto. Já, já, verei o nascer do sol pela janela entreaberta, querendo assustar e afugentar minha indisposição. O outro parece pedir mais um pouco de repouso. Até por minhas compulsivas e vorazes leituras, noite adentro. Só um? Só um deles? Na verdade, os dois. Ouço ruídos e cânticos que vêm da rua. De repente, barulho. Barulho de carro de som. “A campanha não já terminou? Os votos não já foram apurados? Já não se sabe quem foram os eleitos? Estes não já festejaram suas vitórias? Por que esse barulho? Ensurdecedor barulho... Por que esses cânticos? Por quê?”, fico a perguntar. Sinto, todavia, alguém responder: “É a procissão que vem lá da Boa Vista, do Magano... Que se encontrou na Matriz de Santo Antônio e, em seguida, peregrina em direção ao Santuário da Mãe Rainha - Três Vezes Admirável. E você, Givaldo, prometeu que lá iria. Portanto, levanta, sacode a poeira... E vamos à peregrinação!”, sussurram-me no meu ouvido. “Mas claro! Mas claro! Agora me lembro. Tenho que ir a procissão”, digo-me, em atenção aos sussurros.  

Levanto-me com a ideia fixa de que tenho que partir à procissão e, depois, à luta do dia a dia. No que pese os delírios no transcorrer da madrugada. 

Ingresso na procissão. Esqueço que o trabalho me chama. Mas hoje, 15 de novembro, é feriado. E feriado nacional. Ah! Fixo-me só na procissão. Nos seus cânticos, e, como todos, começo a cantar. Digo-me: “Procissão, sim. Feriado, não. Deles não gosto. Muito menos desse, que pegou carona.” 

Na procissão, vejo que as ruas ainda estão cobertas de névoas como amanheceram. E, por cima, cinzentas e feias. Mas, no entanto, tudo bonito, lindo e belo. Afinal, estamos em Garanhuns. 
Lembro que já, já, é dezembro. E que minha cidade já vive a beleza do Natal Luz 2016. Que este ano já começou em 11 de novembro e vai até 06 de janeiro de 2017. Será que, por isso, estamos percorrendo as ruas e avenidas da cidade para receber as bençãos da Mãe Rainha, pergunto-me.    

Penso, peregrinando: “Hoje, 15 de novembro. Dia, ainda hoje, triste para mim e para milhões de brasileiros. Triste pelo que fizeram naquele fatídico 15 de novembro de 1889. Que, lá na frente, resolveram consagrar na carona de outro dia - 21 de abril de 1789, este, sim, grande dia. Um bonito dia. Em louvação a um ideário. Por que, não? Ideário legítimo. Puro. Até ingênuo. Mas com substância. Com razão de ser. Sobretudo quando sabemos que nosso estado corrupto nos leva 2/5 do que produzimos e, lá, no longínquo 21 de abril de 1789, levavam 1/5. 

Sempre digo aos meus botões: 15 de novembro - dia do golpe. Da injustiça, perpetrada contra Dom Pedro II, um grande brasileiro

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

PACIÊNCIA (11.11.2016) (VOLUME II)

Tenho muito medo de conversa vazia. Sem sentido. Como diria um amigo: “Sem pé e sem cabeça”. Fruto de fofocas. Puras ilações... De pessoas que só pensam em agradar. E só agradar. Não raro, com intuitos escusos. Deus nos livre dessas pessoas. Machado de Assis dizia: “Prefiro a lição que melhora ao ruído que lisonjeia.” 

Consulto minhas anotações. Vejo em Alexandre Herculano: “Cismou algum tempo no caso, mas como não atinava a deduzir daí uma ilação razoável, não pensou mais nisso.” Digo: as pessoas, hoje, são mais açodadas que nos tempos de Herculano. É que hoje sequer se dão ao trabalho de cismar. Vão logo às ilações. 

Cabe a nós, contudo, escutar. E escutar. De forma religiosa, atenciosa. E, respeitosamente, escutar e escutar. E, daí, discernir e discernir! Essa a palavra. Esse o verbo. Hoje, tão carecido. Carecido de ser mais conjugável. 

Sempre tive em mente esses cuidados. Que, por mais que você os tenha em mente, não lhe impedem de tomadas de decisões injustas e erradas.  Conquanto, respaldadas em informações descuidadas de auxiliares próximos a você que, por sua vez, tiraram suas conclusões com base em ilações das pessoas que os cercam. Que, no entanto, não fizeram “o dever de casa”. Ou seja: Não foram a fundo. Não procuraram a raiz da questão. Não tiveram o dever da cautela. Da análise do que lhe fora referido. Enfim, de auxiliares que não discerniram. 

Sempre digo que é preciso muito cuidado na escolha das pessoas para ocupar os chamados “cargos de confiança”. Quer na iniciativa pública, quer na privada. 

A expressão chama a atenção para duas palavras. Uma explícita na própria expressão: “confiança”. A outra, nela implícita, “competência”. No meu olhar, a ausência de uma delas exclui a outra, inexoravelmente. Ou seja: você não pode nomear para ocupar um “cargo de confiança” uma pessoa em quem você não confia, posto que competente. Ou, em quem você confia, mas que não tenha competência. Um dos predicados é excludente do outro. E vice versa, portanto.  

À minha mesa, recorrentemente, vejo-me diante desse problema. Fico a ouvir. A escutar. Vou a fundo. Faço-me de conta, convivendo na ponta. Na origem. Na profundeza da raiz. 
Digo-me: prefiro perder algum tempo acertando, a ganhar algum tempo, errando. Daí ter errado menos. No que fiz e no que faço. Deus me deu paciência para essa obra.  

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

PEQUENOS GESTOS (22.08.2016) (VOLUME II)

Outro dia, ouvi de um amigo: “Datas passam. Dias passam. Aniversários passam. A vida passa...” Contudo, nada se leva senão o melhor gesto, a lembrança mais doce, o toque da mão mais amiga no ombro, a frase entrecortada no olhar daqueles que nos rodeiam invadidos da sinceridade. 

Na minha posse, na Secretaria de Cultura de Garanhuns, eu começara minhas palavras citando Cecília Meireles: 

“Basta-me um pequeno gesto,
Feito de longe e de leve, 
Para que venhas comigo
E eu para sempre te leve”.

É que o gesto da minha cidade, que me convidara ao trabalho, faz anos, não me permitiu dizer não, e lá iria eu dar a minha pequena contribuição à cultura da “Cidade de Simôa”.

Fora o que me ocorreu dizer, ontem, no evento que marcou o início das comemorações dos primeiros dez anos do Lions Clube de Garanhuns Cidade das Flores. Que fundamos, enquanto governador do Distrito - Pernambuco, Alagoas e Sergipe.  E que me confere tanta satisfação e prazer por ver, hoje, que não teria sido em vão a minha luta naquela empresa. Minha e de tantos e tantas Companheiros e Companheiras, na busca de atrair pessoas para aumentar o potencial de nossos serviços. Única razão de nossa existência.


A todos que nessa caminhada fizeram valer as palavras do fundador do Leonismo, quero lembrar o que dissera William Shakespeare: “A gratidão é o único tesouro dos humildes”. E dizer que “Você não pode ir muito longe, enquanto não começar a fazer algo pelo próximo”, ensina Melvin Jones. 




quarta-feira, 16 de agosto de 2017

MÃE, FILHAS, NORA E NETOS EM CANCÚN (13.08.2016) (VOLUME II)


Já agosto. De repente, eu, no escritório, Germana liga, e diz: “Painho vamos para Cancún.” Eu, surpreso, indago: “Como é a história, Germana?” E ela continua: “É painho. Vamos para Cancun. Pro México. Todos! Vai ser legal.” Pergunto: “Todos quem, Germana?” No que ela responde: “Mainha, eu, Giovanna, Cláudia, Gui, Bella, Gabi, Sophia e Lucas. Todos!” Continuo: “Todos? Como todos, Germana? E eu? E seu irmão, Givaldinho? Não contam não? Ou vocês estão esquecidos da gente?” Germana completa:  “É que nós, painho, decidimos que essas férias são para mãe, filhas e netos. Portanto, vocês estão de fora. E, depois, vocês têm as empresas para cuidar.” Perguntei: “Como é a história? Vocês estão querendo dizer que nessa família alguém precisa trabalhar, não é?”        

A verdade é que foram todos para Cancún e, na terrinha, ficamos eu e Givaldinho. Afinal, alguém precisava trabalhar nessa família. 
Cancún é aquele paraíso mexicano, na costa do estado de Quintana Roo, em uma península que se tornou um dos centros turísticos mais importantes do México, tendo conseguido preservar suas belezas naturais e sua cultura ancestral. Cancún é um dos principais destinos turísticos do mundo, senão o principal quando se pretende descansar em uma excelente praia. Limpa e de um mar com água azul, típico da região do Caribe. Que encanta o mundo, e enfeitiça, sobretudo, os americanos que lá aportam durante quase ou todo o ano. 

Pois bem! Foi para lá que foi minha família, e por lá ficaram durante vários dias naquela vidinha paradisíaca de fazer inveja a todo mundo, que dirá a mim e a Givaldinho, proibidos de seguirmos com eles. Mas... Tudo bem! Ficamos por aqui no batente. Nos nossos dias a dia das empresas nesses tempos difíceis e de insegurança econômica e financeira.  

De Cancún só apreciávamos mesmo as fotos que por aqui chegavam. Ainda bem que muitas. De forma instantânea e diária ou quase diária. E lá eu a conferir a pose de todos, sobretudo dos netinhos. Cada um mais bonito ou belo. Ou todos bonitos e belos. 

Bonitos, lindos e belos. E com aquelas carinhas e sorrisos de felicidade que atentam contra o normal do coração do vovô. Que ficou para trás. Saudoso. Sonhando com Cancún. Com todos eles. 


terça-feira, 15 de agosto de 2017

GOSTO DE RECEBER (13.07.2016) (VOLUME II)


Alguns nos censuram. A mim e a Emília, dizendo: “A casa de vocês vive sempre cheia. Por que vocês permitem? Por que vocês não são mais seletivos?” De repente, esses alguns, que são bem poucos, vão querer que a gente, nessa seleção, exclua do acesso à nossa casa aqueles amigos da cor preta ou amarela, passando a receber somente os da cor branca.  

Ora, ora! Gosto de receber. E o faço por tradição. Que vêm de meus pais. De meus avós. Essa uma das marcas de minha família. Da família de Emília. E o fazemos com grande prazer e alegria. E, mais importante, sem qualquer interesse menor. Inconfessável. Na prática da convivência humana em que acreditamos, piamente, e, por isso mesmo, praticamos de forma efetiva e cheios de felicidade.

Outro dia, um desses poucos ousou em me dizer: “Ele vai à sua casa, mas fala de você. Diz disso e daquilo.” Perguntei: “Verdade, amigo? Tenho pena dele, coitado. Mas o tenho, sem sentir.”  

Gosto de meus domingos. Aqui, na terrinha ou lá na capital. Fico, às vezes, querendo que cheguem logo para mandar a fadiga do trabalho e o estresse dos problemas para bem longe. Domingo, para mim, é dia de descontração. De repouso... “Como é a história, Givaldo? Pois para mim é dia de tomar todas. De chegar à casa de quatro. E só acordar na segunda. Por cima, arretado.” Falei: “Pois é amigo. Eu entendo e respeito seu gosto. Só espero que você...”  

Vou continuar largo. Aberto a ouvir tudo e de todos. Agora, que todos fiquem certos: minha aptidão para discernir é grande. E real. Não queiram me encarar, não. Que estou percebendo tudo. Posso até não dizer nada. E não digo. Mas, em mim, está tudo sendo registrado. Posto que, sem que eu absorva o “golpe” que queiram me perpetrar. No mínimo, minha intuição acende. Se é que não já vive acesa. 



segunda-feira, 14 de agosto de 2017

60 ANOS DE SERVIÇOS (09.07.16) (VOLUME II)

Ulisses Pereira pede-me a publicação de suas fotos nos meus perfis e na minha fanpage.

Pedido deferido, Companheiro e Amigo. Vou publicá-las!

Na Assembleia Festiva do Aniversário dos 60 anos de fundação do Lions Clube de Garanhuns - Centro. Presença dos Companheiros e Companheiras do Lions Clube Garanhuns Cidade das Flores. Também de Companheiros e Companheiras de todo Distrito - Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Também, diga-se de autoridades civis e militares da cidade.  

Uma grande assembleia! Uma grande festa! Assembleia e festa que ficarão na memória de tantos e de tantas que nelas estiveram presentes, Leões e convidados.

Companheiros e Companheiras de todo o Distrito. Que aportaram em Garanhuns para mostrar o prestígio e a força deste que é o segundo Clube de Lions no Distrito LA-3. O primeiro foi o Lions Clube Recife/Centro, padrinho do Lions Clube Garanhuns/Centro.

No jantar, depois da Assembleia, foram muitos a elogiar a efeméride.  Sobretudo os Companheiros e Companheiras que vieram de fora. A dizerem do prazer de vir à nossa cidade para participar das promoções do Lions Clube de Garanhuns/Centro. Vi o presidente Natanael, tomado de satisfação e felicidade, pela presença em massa dos Companheiros e Companheiras de seu Clube. De todos e todas, Companheiros e Companheiras do Lions Clube Garanhuns/Cidade das Flores. Também de todos e todas, Companheiros e Companheiras de Clubes do Distrito. Enfim, da organização impecável da Assembleia. E dos especiais gestos de hospitalidade dos Companheiros, Companheiras e Domadoras de Garanhuns, através de seus dois Clubes.    



Ponto alto da Assembleia Festiva - desfile das bandeiras. Brasil, Pernambuco, ONU e Lions Internacional. 

Grande noite de um grande Movimento - Movimento Leonístico a caminho do seu primeiro centenário, no próximo ano. 

domingo, 13 de agosto de 2017

GESTÃO FINANCEIRA (25.06.2016) (VOLUME II)


Não há mais como conviver com a falta de respeito às Leis da República, máxime na gestão financeira. Os malfeitos estão aí, sendo denunciados quase todos os dias. E eles estão e em todos os níveis - municipal, estadual e federal. 

A sociedade atônita e decepcionada assiste a tudo, todo santo dia. As últimas ocorrências têm enojado a todos. E, pior, roubando a crença da sociedade em seus gestores. E, mais grave, roubando da sociedade a pouca esperança que lhe restava em seus homens públicos. Liquidando a alma da sociedade. Portanto, o seu bem mais precioso.   

Sempre me preocupei com a questão da gestão financeira na esfera pública. E o digo, a partir da minha experiência na esfera privada. 
Outro dia, conversava eu com um amigo sobre gestão pública. Ele, que sempre esteve próximo a certos gestores públicos, dizia-me com tristeza do que ocorre em certas gestões pelas mãos de seus gestores, num verdadeiro desprezo às nossas Leis. Eles, gestores, convictos de que seus malfeitos jamais serão descobertos e, mesmo que o sejam, para eles não advirão quaisquer sanções. É de arrepiar. É de não se querer ouvir e, sobretudo, acreditar no cinismo e desfaçatez dessa gente em suas práticas com a coisa pública.   


NATAL LUZ NA “CIDADE DE SIMÔA” (16.10.2015) (VOLUME II)

Tudo pronto ou quase pronto para o Natal Luz da cidade. Este, em sua II Edição. E parecendo ter vindo para ficar. Ficar como se fora política pública de cultura mesmo. Intocável, portanto, seja quem for o gestor de amanhã. E isso é bom para a cidade. Seus cidadãos e cidadãs agradecem. 

Este Natal Luz espera encantar a tantos que para Garanhuns acorrerão. Como já o fez, aliás, em sua I Edição.  A ideia da cidade é que este ano tenhamos um Natal maior. Grande para ser maior ano que vem. E nos próximos. Política de governo. Ao encontro da grande vocação da “Cidade de Simôa”. Quiçá, a maior... Por que não dizê-lo? 

A cidade é mágica. Sabem! E, por isso, encanta. E pretende encantar muito mais nesse período. E com esse encanto colher dividendos. Muitos dividendos. É-lhe legítimo. 

A sua economia aquece. Com emprego à sua mão de obra. Com a elevação de sua renda. Conquanto impactado o segmento do turismo, de forma vertical e horizontal. Sim, desde o flanelinha - aquele que toma conta do carro do turista, ao grande e médio empresários - que fazem grandes negócios com aqueles que para aqui aportam. De lá de fora. De longe. Que vêm felizes. Felizes da vida, porque vêm para Garanhuns. 

A cidade está pronta ou quase pronta... Com programação definida. E tudo o mais. Imensa... Como imenso e inesgotável são os sonhos de sua gente boa e hospitaleira.

Tão imensa a programação do Natal Luz que já começa mesmo antes de sua abertura. Sim, desse que pode não ser o maior Natal do planeta. Mas que se esforça para ser, no mínimo, o maior do Brasil. 

Esforcemo-nos, deveras! Todos! Ombreados e de mãos dadas, governantes e governados.

Daqui, o Convite à gente de Alagoas, de Sergipe, da Bahia... Pelo Sul. De Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte, do Ceará... Pelo Norte. De todo o Brasil. Por que não? Para que venham conferir o Natal Luz nas montanhas de Garanhuns, num clima ameno, festivo, cristão e de muitas tradições. Quem sabe mais perto do céu, como quis dizer o poeta. E provar desse aroma da terra de Simôa. Incrivelmente fincada onde esse nosso Nordeste garoa. 

sábado, 12 de agosto de 2017

LUZILÁ - A DAMA DO XXV FIG (17.07.2015) (VOLUME II)

“Disse a Luzilá no café: junte-se a nós nessa caminhada para tornarmos o FIG ‘Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil’. Já que já somos ‘Patrimônio Cultural e Imaterial de Pernambuco’.”

“Sim! Já era tempo. Tempo de se homenagear Luzilá Gonçalves através dos polos de um dos nossos Festivais de Inverno de Garanhuns.”, dizia-me outro dia um nome das Letras em nosso estado.

“Mas claro! Mas claro!”, disse-o. E fui mais longe: “Tomara que não se tarde com essa homenagem. Até porque tenho referido, recorrentemente, que os olhares das autoridades deviam estar focados nos nossos valores culturais quando da escolha desses nomes.” 

Passaram-se vinte e quatro Festivais, e nenhuma lembrança ao nome de Luzilá. Felizmente, podemos dizer: até que enfim. Ela, monumento cultural de Pernambuco é lembrada, e nesse XXV Festival de Inverno de Garanhuns, estaremos a homenageá-la. 

Sim, neste Festival vamos conviver um pouco com Luzilá. E essa convivência teria sido o maior prêmio que o Governo do Estado estaria conferindo a Garanhuns. 

Para Garanhuns veio Luzilá. Aqui, ela aportou como homenageada pelo Festival de Inverno de Garanhuns, edição XXV, mas daqui ela sairá com mais outro título. Daqui ela partirá com o título de Dama do XXV Festival de Inverno de Garanhuns, sem nenhum favor, porque ela teria encantado os corações de todos os garanhuenses. Pela sua sabedoria. Pela sua simpatia. Pelo seu carisma. Enfim, pela sua... 

Aqui, ela teria aportado como a homenageada. Daqui ela partirá como a homenageada, decerto. Mas, também, como a Dama do Festival, título a ela atribuído por todos os garanhuenses. Que sentem orgulho de, aqui, acontecer o “Maior Festival Multicultural da América Latina”. Orgulho de Pernambuco.

Hoje, tomei café da manhã com essa maravilhosa mulher. Fiquei encantado com sua disposição e vigor às causas da cultura de Pernambuco e do Brasil. Ela, que no seu mister valoriza o nosso estado e confere maior brilho à nossa Academia Pernambucana de Letras.  A lembrança de seu nome como homenageada nesse Festival não fora só oportuno. Fora, muito mais: fora o exercício justiça na sua escolha, posto que quase a destempo. 
  
No cardápio de nosso café da manhã de hoje, monumentos e monumentos eram colocados sobre a mesa: Fátima Quintas, ela, filha do extraordinário Amaro Quintas; José Paulo Cavalcanti Filho, ele, colega meu no curso de graduação da Faculdade de Direito do Recife.

Mas, se poderia dizer que o FIG tem reunido muita gente de renome na cidade, e que esses nomes têm recebido, pouco a pouco, a lembrança de seus promotores. Felizmente, e, agora, chegou a vez de Luzilá. E, nós só temos que agradecer.  

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

DOM FERNANDO (22.05.2015) (VOLUME II)

Dom Fernando José Monteiro Guimarães tomou posse na Diocese de Garanhuns em 1º de junho de 2008 como seu 10º Bispo Diocesano. Agora, em Brasília, é arcebispo do Ordinariado Militar do Brasil, na Catedral Militar Santa Maria dos Militares, “Rainha da Paz”. Ele substitui Dom Osvino José Both. E fora nomeado pelo Papa Francisco.

O Papa Francisco, por outro lado, nomeou monsenhor Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, que no mês de agosto, próximo, estará tomando posse na condição de 11º Bispo Diocesano de Garanhuns.

Dom Fernando sempre dizia às pessoas mais próximas dele que gostaria muito de terminar seu pastorado em Garanhuns. Primeiro, porque estava satisfeito com seu trabalho na Diocese. Segundo, porque gostava muito da Garanhuns, cidade que lhe acolhera muito bem e nunca lhe havia faltado em suas iniciativas. Ao contrário, incentivava-o. 

As duas razões expostas por Dom Fernando para continuar seu trabalho pastoral eram bem evidentes no olhar de seus fiéis, já que por tantas vezes, por ele, repetidas. E, igualmente, por tantas vezes presenciadas por seus fiéis.  

A Dom Fernando só nos resta agradecer por seu trabalho em nossa Diocese, ao tempo em que lhe desejamos igual sucesso no Ordinariado Militar do Brasil. Que já vem ocorrendo, embora investido há tão pouco tempo, como seu Arcebispo.       

Em Brasília já fui visitá-lo. Tinha-o, aqui, como meu conselheiro espiritual e, com ele, conversava sempre. Sentia que gozava de sua estima e amizade. 

Senti e sinto muito a sua ausência. Em Garanhuns, depois de sua transferência para Brasília, aqui já esteve várias vezes como nos últimos dias 11 e 12, tendo celebrado, na Catedral Diocesana, a Páscoa dos militares.

A Diocese de Garanhuns, assim, registra em sua história, 11 Bispos que por ela passaram, desde o seu primeiro, Dom Moura, até o seu décimo Dom Fernando e, agora, Dom Paulo que já chega a Garanhuns com a missão de preparar os festejos de seu primeiro centenário, que ocorrerá em 2018, já que criada pelo Papa Bento XV, passando, Dom Paulo, à história como o Bispo do Centenário da Diocese de Garanhuns, que conta com uma área de 8.734 km², organizada em 36 paróquias, pertencentes a 26  municípios.   

SANTO PADRE (13.03.2015) (VOLUME II)

Hoje, exatos dois anos da eleição em que se escolheria o primeiro Papa latino-americano, o primeiro Pontífice do hemisfério sul, o primeiro Papa não europeu e o primeiro Pontífice do Novo Mundo. 

Hoje, exatos dois anos em que, na Capela Sistina, se ouvira do Cardeal Bergoglio, porque a ele perguntado: “Eu sou um pecador, confiando na misericórdia e paciência de Deus, no sofrimento, aceito.” 

Hoje, exatos dois anos em que, da sacada central da Basílica de São Pedro, o mundo, ansioso, ouvira “Habemus Papam!”

Hoje, exatos dois anos em que, da sacada central da Basílica de São Pedro, o mundo ouvira de seu novo Papa: “Irmãos e irmãs, boa noite! Vós sabeis que o dever do Conclave era dar um Bispo a Roma. Parece que os Irmãos Cardeais tenham ido buscá-lo quase ao fim do mundo... Eis-me aqui.”

Seu nome: Francisco. “Por que Francisco?” Ouvi de muitos essa pergunta. Em mais de dois mil anos nunca tivemos um Papa com esse nome. Por que Francisco? Que lógica levara o Cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio a escolher esse nome? Alguns me diziam: “Coisa de argentino.” Outros: “Feio para um Papa carregar esse nome.” Outros, ainda: “Para nós, brasileiros, nome de periferia. Dos arredores das cidades. Não tem nada a ver. Francisco?” E por aí diziam. E diziam... 

Aos poucos, comecei a ouvir referências em sentido contrário. De alegria ao nome escolhido. De apoio ao antes Cardeal de Buenos Aires pela escolha de seu nome papal. E isso, pouco a pouco, na medida em que se sabia mais um pouco... e mais um pouco de sua vida desde a sua juventude. 

Papa Francisco - 266º sucessor de Pedro é um homem cuja fé foi construída “com base no que aprendeu com uma camponesa italiana, uma mulher que enfrentou um regime ditatorial, emigrou para uma terra estrangeira, cuja família foi à falência”, disserta Mark Shriver, que vai a fundo sobre a vida de Jorge Mario Bergoglio, e, em particular, sobre sua avó, Rosa. 

Austen Ivereigh descreve a morte de Rosa em sua biografia sobre o Papa Francisco. Diz ele: “Ele a adorava, ela era o ponto fraco dele.”  

Eu próprio já estava me convencendo que deveria ser outro o nome a ser adotado por Jorge como o 266º Papa da Igreja de Cristo. Aos poucos, contudo, comecei absorver e, mais que absorver, a aplaudir a escolha. Eu e, hoje tenho certeza, o mundo. Porque sua vida anterior ao papado. Porque sua vida nesses dois anos de papado nos faz lembrar São Francisco de Assis. O exemplo que São Francisco de Assis deixou para o mundo, a ponto de ser tido por muitos como a maior figura do cristianismo desde Jesus. E era desse exemplo. Do exemplo de São Francisco de Assis que o mundo estava a precisar. 

O próprio Papa Francisco é quem responde sobre a escolha de seu nome: “Muitos disseram que me deveria chamar ‘Adriano’, como o grande reformador Adriano VI, ou ‘Clemente’, em vingança contra Clemente XIV, que aboliu a Companhia de Jesus.”  



Mas, continua: “Foi por causa dos pobres que pensei em Francisco.” Dos pobres que teve azo ao longo da vida de São Francisco de Assis. Conquanto a eles se dedicando, e destinando toda sua força e amor à sua proteção. 

Assim tem sido o nosso Papa Francisco. Que encanta o mundo. Que resgata a Igreja de Cristo. E dela faz exemplo para seus fiéis.
Que Deus permita o Papa Francisco conosco por muitos... Muitos anos.